10 julho, 2011

O QUE EU FAÇO COM MEU AMOR ?



O que fazemos com o amor que fica quando o relacionamento acaba?

A relação estava ótima. Pelo menos para você. Mas, um belo dia, ele ou ela diz que não quer mais. O chão embaixo dos seus pés vira gelatina. Você quase não para em pé. Não há o que fazer, argumentar, negociar. Você congela. Fica ali, parada, sem conseguir sair do lugar. Revê todos os passos do relacionamento. Onde eu errei? Houve erros e acertos, de ambas as partes. Portanto, não há vítima ou vilão. É assim que se constrói uma relação. Errando, acertando, aprendendo. Toda relação tem erros e acertos.

Passada a tontura da pancada do término, vem a revolta. Você esperneia, se debate, fala mal, pragueja, deseja que ele (ou ela) morra (só de mentirinha), que seja eternamente infeliz (pura dor de cotovelo), que encontre pela frente alguém que a maltrate bastante; que fique gaga, tenha chulé, que perca os dentes da frente e fique careca. No fundo, o desejo é tirá-lo do coração. Fica procurando todos os mínimos motivos para odiar com todas as forças.

Você se afasta, apaga os contatos do celular, bloqueia o Orkut, o MSN e pára de sair de casa, com medo dos lugares que freqüentavam juntos. Nada adianta. Você continua amando aquele desgraçado. O que fazemos com o amor que fica, quando o relacionamento acaba? O importante, no entanto, é o que não fazer! Não deixe que esse amor se transforme em um câncer que vai te destruindo aos poucos. Aceite o fato de que as pessoas são livres e não são obrigadas a serem recíprocas no amor. Ela não tem culpa de não te amar, nem você de amá-la. Se você já vivenciou essa história, mas no lado oposto, é só se lembrar de como também é doloroso não amar alguém e ver o quanto esta pessoa está sofrendo por você.

Faça o que puder para não ver o amor maior do que ele realmente é. Na medida do possível, preencha seu tempo com outras atividades. Deixe que o amor tome seu rumo. Ele pode se transformar em uma linda amizade no futuro se vocês forem capazes de transporem as mágoas. O importante, sempre, é constatar que só nós somos capazes de nos tirar de toda e qualquer situação. Da dor de se perder um amor e da insistência em continuar sofrendo por algo que acabou. Você é sua própria tábua de salvação.

Nina Lopes

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