meu amor, não tenha medo de sofrer, pois todos os caminhos me encaminham á você ... (L'
Durante toda minha vida disseram para jamais depender de qualquer pessoa que fosse. Me ensinaram que a solidão é o caminho, e as pessoas seriam apenas rabiscos sem nexo que não chegavam a formular uma frase importante em meu livro de histórias. Aprendi que, quando acreditasse que alguém era um texto, frase ou linha, seria apenas uma peça que a vida pregava para se divertir com minhas frustrações por não seguir todos os ensinamentos anteriores. Tropecei muito durante todo esse percurso para relembrar que ser sozinha era o certo, mas aprendi. Planejei toda minha vida sem nenhuma companhia eterna, tirando meu labrador - aquele que algumas vezes considero minha alma gêmea. Não implica com o tamanho da minha saia, não me apressa quando estou no banho e ainda esquenta meus pés quando estou na cama e se joga preguiçosamente sobre mim. Admito, pensei que de certa forma, ele era minha alma gêmea. Peluda e com bafo de ração sabor picanha, mas ainda assim, me completava. E, de repente, ele vem. Um cidadão que nada sabe sobre mim, mas sabe exatamente tudo que me tira do sério e sente prazer em fazê-lo. Que me olha como se lesse cada um de meus pensamentos, e os compreendesse. Que forma um sorriso bobo em meus lábios quando lembro e relembro mentalmente cada palavra dita em nossos momentos juntos. Que apagou o que a vida me ensinou, e curou todas as feridas da minha batalha contra o mundo. Alguém que me abraça toda noite e derrete todo o gelo que havia em meu coração. Então penso com certo alívio que talvez exista um espaço imenso na minha vida que o encaixe perfeitamente. Talvez seguir acompanhada não seja tão ruim.
Durante toda minha vida disseram para jamais depender de qualquer pessoa que fosse. Me ensinaram que a solidão é o caminho, e as pessoas seriam apenas rabiscos sem nexo que não chegavam a formular uma frase importante em meu livro de histórias. Aprendi que, quando acreditasse que alguém era um texto, frase ou linha, seria apenas uma peça que a vida pregava para se divertir com minhas frustrações por não seguir todos os ensinamentos anteriores. Tropecei muito durante todo esse percurso para relembrar que ser sozinha era o certo, mas aprendi. Planejei toda minha vida sem nenhuma companhia eterna, tirando meu labrador - aquele que algumas vezes considero minha alma gêmea. Não implica com o tamanho da minha saia, não me apressa quando estou no banho e ainda esquenta meus pés quando estou na cama e se joga preguiçosamente sobre mim. Admito, pensei que de certa forma, ele era minha alma gêmea. Peluda e com bafo de ração sabor picanha, mas ainda assim, me completava. E, de repente, ele vem. Um cidadão que nada sabe sobre mim, mas sabe exatamente tudo que me tira do sério e sente prazer em fazê-lo. Que me olha como se lesse cada um de meus pensamentos, e os compreendesse. Que forma um sorriso bobo em meus lábios quando lembro e relembro mentalmente cada palavra dita em nossos momentos juntos. Que apagou o que a vida me ensinou, e curou todas as feridas da minha batalha contra o mundo. Alguém que me abraça toda noite e derrete todo o gelo que havia em meu coração. Então penso com certo alívio que talvez exista um espaço imenso na minha vida que o encaixe perfeitamente. Talvez seguir acompanhada não seja tão ruim.