
O que fazemos com o amor que fica quando o relacionamento acaba?
A  relação estava ótima. Pelo menos para você. Mas, um belo dia, ele ou  ela diz que não quer mais. O chão embaixo dos seus pés vira gelatina.  Você quase não para em pé. Não há o que fazer, argumentar, negociar.  Você congela. Fica ali, parada, sem conseguir sair do lugar. Revê todos  os passos do relacionamento. Onde eu errei? Houve erros e acertos, de  ambas as partes. Portanto, não há vítima ou vilão. É assim que se  constrói uma relação. Errando, acertando, aprendendo. Toda relação tem  erros e acertos.
Passada a tontura da  pancada do término, vem a revolta. Você esperneia, se debate, fala mal,  pragueja, deseja que ele (ou ela) morra (só de mentirinha), que seja  eternamente infeliz (pura dor de cotovelo), que encontre pela frente  alguém que a maltrate bastante; que fique gaga, tenha chulé, que perca  os dentes da frente e fique careca. No fundo, o desejo é tirá-lo do  coração. Fica procurando todos os mínimos motivos para odiar com todas  as forças. 
Você se afasta, apaga os  contatos do celular, bloqueia o Orkut, o MSN e pára de sair de casa, com  medo dos lugares que freqüentavam juntos. Nada adianta. Você continua  amando aquele desgraçado. O que fazemos com o amor que fica, quando o  relacionamento acaba? O importante, no entanto, é o que não fazer! Não  deixe que esse amor se transforme em um câncer que vai te destruindo aos  poucos. Aceite o fato de que as pessoas são livres e não são obrigadas a  serem recíprocas no amor. Ela não tem culpa de não te amar, nem você de  amá-la. Se você já vivenciou essa história, mas no lado oposto, é só se  lembrar de como também é doloroso não amar alguém e ver o quanto esta  pessoa está sofrendo por você. 
Faça o que  puder para não ver o amor maior do que ele realmente é. Na medida do  possível, preencha seu tempo com outras atividades. Deixe que o amor  tome seu rumo. Ele pode se transformar em uma linda amizade no futuro se  vocês forem capazes de transporem as mágoas. O importante, sempre, é  constatar que só nós somos capazes de nos tirar de toda e qualquer  situação. Da dor de se perder um amor e da insistência em continuar  sofrendo por algo que acabou. Você é sua própria tábua de salvação.
Nina Lopes


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